sábado, 28 de março de 2009

Qualidade no seculo XXI

Qualidade no Século XXI

A preocupação com a qualidade nasceu no início do século passado, quando os inspetores surgiram nas empresas. Mas o serviço realizado não era muito bom e os problemas acabavam aparecendo no mercado, exigindo do cliente a solução. Desde então, a qualidade deu grandes saltos, tendo como marcos o sistema taylorista e a revolução japonesa.No início do século XX, os Estados Unidos já eram uma nação industrialmente desenvolvida. A gestão da qualidade era basicamente informal, embora estruturas formais pudessem ser encontradas nas grandes fábricas, onde os gerentes de produção e supervisores eram responsáveis pelo atendimento das especificações da qualidade. Mais tarde, a verificação passou a ser desempenhada por inspetores em tempo integral.Era raro uma empresa apresentar em seu organograma um departamento de qualidade. Havia inspetores específicos, mas eles estavam espalhados pelos diversos departamentos de produção. Apenas em algumas grandes organizações existiam departamentos de inspeção final e testes, que se reportavam, normalmente, ao superintendente da produção ou ao gerente da fábrica.Em muitas empresas, os defeitos só apareciam no mercado, exigindo o conserto pelo cliente ou pelo serviço de assistência técnica.O “Século da Produtividade” e a revolução de TaylorO século XX trouxe turbulência e várias mudanças para o mundo da qualidade. A força-motriz do “Século da Produtividade” foi o movimento taylorista, que mudou radicalmente os métodos gerenciais, separando planejamento e execução. Taylor passou a responsabilidade do planejamento a gerentes e engenheiros, deixando aos supervisores e aos operários a execução.O sistema criado por Taylor obteve um êxito surpreendente quanto ao aumento de produtividade e foi adotado por muitas empresas americanas. Em pouco tempo, o sistema teve, no entanto, alguns efeitos indesejáveis, ao alterar o equilíbrio anteriormente existente entre qualidade e produtividade. Supervisores e operários priorizaram a produtividade e relegaram a qualidade a segundo plano.A reação dos executivosOs altos executivos reagiram e mudaram a organização das empresas. Transferiram os inspetores das áreas de produção para um departamento central de inspeção, com chefia própria. Esses departamentos acabaram desempenhando o papel de propulsores da qualidade na primeira metade do século passado, até se transformarem nos atuais departamentos de qualidade.O setor de serviços percorreu um caminho diferente. O enfoque que deu à gestão de qualidade foi menos sistemático que o dado da indústria. As empresas de serviços confiaram mais na supervisão que em sistemas formais de inspeção e testes. Em resultado, demoraram mais para conseguir um aumento significativo de produtividade, mas, por outro lado, evitaram muitos dos problemas de qualidade vividos pelo setor de manufatura.A criação dos departamentos da qualidade gerou dois problemas:• Muitos altos gerentes concluíram que qualidade era responsabilidade exclusiva do departamento de qualidade.• A alta administração se distanciou da função qualidade, delegando-a aos gerentes.O uso da inspeção como meio de obter qualidade apresentou algumas deficiências, como altos custos e acomodação da área de produção, mas também permitiu às empresas a ser competitivas em qualidade.
e a revolução japonesa.

No início do século XX, os Estados Unidos já eram uma nação industrialmente desenvolvida. A gestão da qualidade era basicamente informal, embora estruturas formais pudessem ser encontradas nas grandes fábricas, onde os gerentes de produção e supervisores eram responsáveis pelo atendimento das especificações da qualidade. Mais tarde, a verificação passou a ser desempenhada por inspetores em tempo integral.

Era raro uma empresa apresentar em seu organograma um departamento de qualidade. Havia inspetores específicos, mas eles estavam espalhados pelos diversos departamentos de produção. Apenas em algumas grandes organizações existiam departamentos de inspeção final e testes, que se reportavam, normalmente, ao superintendente da produção ou ao gerente da fábrica.

Em muitas empresas, os defeitos só apareciam no mercado, exigindo o conserto pelo cliente ou pelo serviço de assistência técnica.

O “Século da Produtividade” e a revolução de Taylor

O século XX trouxe turbulência e várias mudanças para o mundo da qualidade. A força-motriz do “Século da Produtividade” foi o movimento taylorista, que mudou radicalmente os métodos gerenciais, separando planejamento e execução. Taylor passou a responsabilidade do planejamento a gerentes e engenheiros, deixando aos supervisores e aos operários a execução.

O sistema criado por Taylor obteve um êxito surpreendente quanto ao aumento de produtividade e foi adotado por muitas empresas americanas.

Em pouco tempo, o sistema teve, no entanto, alguns efeitos indesejáveis, ao alterar o equilíbrio anteriormente existente entre qualidade e produtividade. Supervisores e operários priorizaram a produtividade e relegaram a qualidade a segundo plano.

A reação dos executivos

Os altos executivos reagiram e mudaram a organização das empresas. Transferiram os inspetores das áreas de produção para um departamento central de inspeção, com chefia própria. Esses departamentos acabaram desempenhando o papel de propulsores da qualidade na primeira metade do século passado, até se transformarem nos atuais departamentos de qualidade.

O setor de serviços percorreu um caminho diferente. O enfoque que deu à gestão de qualidade foi menos sistemático que o dado da indústria. As empresas de serviços confiaram mais na supervisão que em sistemas formais de inspeção e testes. Em resultado, demoraram mais para conseguir um aumento significativo de produtividade, mas, por outro lado, evitaram muitos dos problemas de qualidade vividos pelo setor de manufatura.

A criação dos departamentos da qualidade gerou dois problemas:

• Muitos altos gerentes concluíram que qualidade era responsabilidade exclusiva do departamento de qualidade.
• A alta administração se distanciou da função qualidade, delegando-a aos gerentes.

O uso da inspeção como meio de obter qualidade apresentou algumas deficiências, como altos custos e acomodação da área de produção, mas também permitiu às empresas a ser competitivas em qualidade.

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