quinta-feira, 10 de julho de 2014

INVENTÁRIO CÍCLICO

                                                           INVENTÁRIO CÍCLICO  



ROTATIVO E PERPÉTUO

                       Neste artigo será abordado o conceito de inventario cíclico ou inventario rotativo e Perpétuo.


O Inventário físico nada mais é a contagem de todos os estoques da empresa, para verificação se as quantidades correspondem aos controles do estoque.
A contagem cíclica é a contagem física e contínua do estoque, seja este de materiais e insumos ou de produtos e mercadorias.
Enquanto o inventário anual tem como objetivo principal determinar o valor do estoque, o inventário cíclico busca medir a exatidão dos registros existentes para um controle efetivo e preciso do estoque. O foco da contagem cíclica não é apenas encontrar eventuais erros no estoque, mas, principalmente, identificar a causa do erro e corrigi-la, visando reduzir a possibilidade de uma nova ocorrência e diminuir ou até eliminar perdas.
Na contagem cíclica, as contagens de estoque são programadas de modo que cada item seja contado segundo uma programação predeterminada. Alguns itens podem ser contados várias vezes durante o ano, dependendo da sua importância dentro do processo produtivo ou do ciclo comercial em função da quantidade normalmente movimentada, ou do valor agregado.
Uma importante ferramenta para auditoria, a contagem cíclica permite identificar rapidamente as discrepâncias entre o estoque físico e o estoque contabilizado e propicia uma melhoria significativa no planejamento da produção e necessidade de materiais. Como a contagem do estoque é realizada de forma contínua, o custo deste processo é distribuído ao longo do ano diferentemente do que ocorre em um inventário anual, onde há uma concentração do custo.
Segundo Castiglioni (2010) por sua vez afirma que o inventário físico refere-se À contagem de materiais de um determinado grupo ou também todos os outros itens em estoque para confronto com a contabilidade. Ele tem dois objetivos específicos, sendo o levantamento real da situação do estoque para ser levado ao balanço da empresa e uma auditoria da situação do estoque e procedimentos desenvolvidos no armazém.
Os benefícios dos inventários é a verificação de eventuais desvios no controle - estoques de peças rejeitadas, cujos controles não são lançados por alguma falha.
Inventário Rotativo ou inventario cíclico é um processo de recontagem física continua das matérias em estoque, programando de modo que os materiais sejam contados a uma frequência pré-determinada (semanal ou diária), Organizada em ciclos e períodos, que são dimensionados em função das quantidades e das categorias dos materiais envolvidos.
Castiglioni (2010) define o inventario cíclico que é a execução do inventario em períodos de tempo definidos para grupos de itens escolhidos de forma aleatória, de modo que, ao final de certo período, todos os tipos de itens estocados seja inventariado.
Visando a distribuir as contagens ao longo do ano, concentrando cada contagem em menor quantidade de itens, reduz a duração unitária da operação e da melhores condições de analise das causas de ajustes, visando ao melhor controle.
Abrangem através de contagens programadas todos os itens de varias categorias de estoque e matéria prima, embalagens, suprimentos, produtos em processos e produtos acabados. (DIAS, 2010 p.206).
Segundo Dias (2010) A empresa deve efetuar periodicamente as contagens físicas de seus itens de estoques.
As diversas técnicas de controle de estoques apresentadas, podem ser aplicadas a qualquer item do estoque e cada item será controlado com base na mesma disponibilidade desejada e será acompanhado constante periodicamente. (Ching, 2010 p.31). Para assim avaliar se existe algum erro entre o estoque físico e o estoque contábil.
E também outro tipo de inventário é o perpétuo.
O controle permanente do estoque da loja é mantido por meio da leitura por códigos de barra nas saídas das mercadorias nos check out e do recebimento eletrônico. A quantidade exata de cada produto na loja é possível em tempo real para se obter a exatidão total dessa informação, que pode ser alterada por roubos e erros manuais, as lojas têm feito periodicamente contagens físicas de estoque. (Ching, 2010 p62).
 CONCLUSÃO:

Os inventários são de fundamental importância para empresas, uma vez que somente através deles você terá uma avaliação real dos estoques da empresa confrontando estoque físico e contábil. Identifica também erros de lançamento, conferência, roubo, etc. Alem de servir para balanço da empresa.
Podemos concluir que, para ter menos erros no processo dos estoques físicos com os estoques contábeis é preciso utilizar os tipos de inventários cíclico e perpétuo, para assim ter uma alta acuracidade dos estoques.
BIBIOGRAFIA:
CASTIGLIONI, José Antonio de Mattos, Logística Operacional 2° Ed-2010 São Paulo Editora Érica Ltda.DIAS, Marco Aurélio P., Administração de materiais. 5° Ed-2010 São Paulo Editora Atlas.Ching, Hong Yuh, Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada, 4°Ed -2010 São Paulo Editora Atlas.



sábado, 4 de abril de 2009

ADMINISTRAÇAO



INTRODUÇÃO


             Com o mercado de trabalho competitivo e acirrado no final do século XX, e no inicio do século XXI, muitas pessoas que são profissionais na área de administração se pergunta: serei um administrador generalista, que entende um pouco de tudo, ou serei um administrador especialista, que entende de tudo um só pouco. Neste trabalho de pesquisa, estão algumas abordagens sobre o assunto, e que ajudará em sua escolha. Aprofunde – se neste assunto palpitante!!! BOA LEITURA!!!

SUMÁRIO

1 – Você é um especialista ou um generalista?
2 – Com sólida formação generalista o administrador público propõe políticas nos planos federal, estadual e municipal?
3 – Especialista ou generalista ser ou não ser?
4 – Entrevista: generalista ou especialista?
5 – O estilo do administrador dominante
6 – Problemas Brasileiros em debate: entrevista

1 –VOCÊ É UM ESPECIALISTA OU UM GENERALISTA?

Existem pessoas que sabem um pouco de tudo de Internet. Elas possuem ao mesmo tempo boas noções de redação, direção de arte, programação, dos processos de criação e produção de um site ou peça publicitária. Existem também os especialistas – aquelas pessoas que estão focadas somente em um determinado assunto, como programação em php ou arquitetura da informação.
Com o amadurecimento da Internet, estão surgindo muitos profissionais especializados. São, por exemplo, os arquitetos de informação, os programadores especializados em apenas uma linguagem e os diretores de arte que não sabem um comando sequer de flash.
Por outro lado, os profissionais que sabem um pouco de tudo, como os gerentes de projeto, continuam sendo requisitado no mercado. E isso tem dado origem a uma grande dúvida dos profissionais: especializar-se ou tornar-se um multiprofissional?
Antes de tudo, não existe uma resposta para essa dúvida – seria como dizer a você que faculdade fazer para ser bem sucedido no futuro. Existem apenas situações que podem indicar a decisão que mais se adapta ao seu perfil.
Para ajudar nessa decisão difícil, vou fazer uma analogia entre uma construção e a Internet. Imagine que você vai construir uma casa. No mundo ideal, ao construí-la você tem um terreno, um projeto, arquitetos, engenheiros, construtores e fases de desenvolvimento. Quando estiver tudo pronto, você aprova e finalmente vai morar. O processo de criação e produção de materiais para Internet é muito parecido: você tem um local para hospedar ou veicular seus trabalhos, o trabalho de planejamento, criação e produção dos materiais que, depois de aprovados, vão ao ar.
Uma pessoa pode construir uma casa sozinha, mas não pode construir um prédio. O mesmo acontece com um trabalho de Internet: você pode construir um site pequeno sozinho, mas teria muita dificuldade em produzir uma aplicação como Internet banking. E aí estão as diferenças que podem ajudar na sua decisão profissional.
Se você gosta de trabalhar com grandes projetos e grandes clientes, a especialização é o seu caminho. Nas grandes agências e produtoras, cada pessoa tem funções bastante específicas, pois há verba para manter uma estrutura com todos os profissionais necessário.
A primeira desvantagem é que grandes projetos e grandes clientes, assim como os lugares que os realizam, estão em número bastante limitado. Dá para contar nos dedos, por exemplo, quantas agências possuem um profissional que faz a revisão de textos.
A segunda desvantagem é que a especialidade que você escolheu pode ser apenas uma moda que, quando passar deixará você deslocado profissionalmente.
Nas grandes empresas também existe espaço para os multiprofissionais, mas em funções gerenciais – se o seu objetivo é tornar-se um gerente, coordenador ou diretor, você precisa saber um pouco de tudo.
Por outro lado, em projetos com verba reduzida (a maioria), um profissional realiza várias funções: o diretor de arte também pode fazer o flash, o programador pode fazer ao mesmo tempo HTML, flash e o banco de dados. As produtoras e agências de médio e pequeno porte, que são a maioria das oportunidades de trabalho, precisam trabalhar com os multiprofissionais porque é muito caro manter uma grande equipe de profissionais especializados.
As vantagens de ser um multiprofissional são ter mais facilidade para encontrar oportunidades de trabalho  e a possibilidade de conseguir cargos gerenciais.
A desvantagem de ser um multiprofissional é a falta de foco: você dificilmente se tornará o melhor em uma especialidade e pode ter dificuldade em se colocar no mercado por não saber exatamente qual a sua função.
Outra desvantagem é que muitas empresas tiram proveito dos multiprofissionais. Ao usar uma pessoa quando deveria haver uma equipe, é claro que o trabalho sai com uma qualidade inferior.

2 – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Com sólida formação generalista, o administrador público propõe políticas nos planos federal, estadual e municipal.
O administrador público atua principalmente no âmbito das instituições públicas e junto às empresas privadas, mas suas ações têm se destacado, também, no universo das organizações não governamentais (ONGs). “ele pode, ainda, buscar uma complementação de sua formação em programas de pós-graduação, em áreas com a economia, as engenharias e a sociologia”, informa o coordenador do curso de Administração Pública da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da UNESP, campus de Araraquara, Dalton Geraldo Guaglianoni.
Sempre de acordo com Guaglianoni, para obter sucesso o profissional deve ser criativo, flexível, comunicativo, despojado de preconceitos e hábil negociador. Precisa também ter espírito crítico, saber ouvir mais do que falar, possuir raciocínio lógico aguçado, ter facilidade com números e ser dotado de elevado senso de justiça. “o administrador público precisa ser mais generalista do que especialista, pautando-se sempre por princípios de igualdade e justiça social”, ele pondera.
Para fazer frente ao crescente processo de municipalização de políticas públicas, o mercado de trabalho, segundo o coordenador, vem apresentando um sensível crescimento da demanda por profissionais da área de administração pública. “os municípios são, portanto, importante possibilidade de colocação para os profissionais da área”, afirma. “as ONGs têm absorvido grande número de administradores públicos” devido a necessidade de uma maior profissionalização do setor, as ONGs têm absorvido grande número de administradores públicos”.
O mercado demanda, cada vez mais, profissionais com visão ampla do mundo e aptos a relacionar diversos elementos que envolvam pessoas, materiais, recursos disponíveis e competência técnica para realizar o objetivo proposto. Essas competências são essenciais, por exemplo, quando se trata de escolher o melhor lugar para construir um posto de saúde ou a elaboração do melhor traçado de uma estrada. O local selecionado, a população beneficiada e a manutenção do serviço em termos de infra-estrutura e recursos humanos são variáveis que não podem ser deixadas de lado.
O distrito federal e as capitais estaduais são os locais onde surgem as maiores oportunidades profissionais. Esses locais abrigam as estruturas administrativas responsáveis pela tomada das mais diversas decisões, que incluem, por exemplo, as numerosas variáveis envolvidas desde o projeto até a execução de uma obra publica “como nessas cidades funcionam grandes estruturas administrativas, é natural que a boa parte dos profissionais da área se concentrem nelas”, afirma Guaglianoni.
Devido a necessidade de uma formação eclética, o currículo do curso inclui disciplinas bem diversas, tais como Teoria da Administração, direito Administrativo, contabilidade pública e marketing. “Essa base sólida permite que os alunos desenvolvam a capacidade de estabelecer elos entre diferentes informações e possam elaborar e propor políticas públicas nos plano federal, estadual e municipal”, conclui o docente da FCL.

3 - ESPECIALISTA OU GENERALISTA. SER OU NÃO SER?

Tempos em tempos muda o perfil exigido pelo mercado para determinados profissionais. Bola da vez entre os Administradores é o profissional generalista, embora o especialista continue sendo indispensável. Num mercado complexo e diversificado, o que ser então? Especialista ou generalista? A resposta parece ser generalista com especialidade.
Um profissional generalista é um especialista capaz de interagir, interceder entre áreas de uma organização. “É generalista porque tem competência de costurar os vários setores de uma organização”, define o presidente do CRA-RJ, Wagner Siqueira. Ele alerta para o risco de ser considerado generalista “aquele profissional borboleta, que fica pulando de setor em setor porque sabe um pouquinho de cada área”.
O grande desafio para os cursos de administração e para os docentes é formar esse administrador generalista/polivalente. O presidente do CFA e da Comissão de especialistas do MEC para ensino de administração, Rui Otavio Bernandes de Andrade, ressalta que “o conceito de polivalente do generalista, em que o administrador não apenas domina diferentes técnicas, equipamentos e métodos, mas, acima de tudo, conhece a origem destas técnicas, os princípios científicos e técnicos que embasam os processos produtivos, apreende as implicações do seu trabalho, seu conteúdo ético, compreendendo não só como fazer, mas o que fazer”.

Conjunto de competências para a qualificação real
(competência intelectuais) Características/habilidades

Reconhecer e definir problemas,equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo de trabalho,atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos.
(técnicas ou metódicas)
aplicar conhecimentos técnicos, métodos e equipamentos necessários à execução de tarefas especificas e gerenciamento do tempo e espaço de trabalho autoplanejar-se e de autoorganizar-se.

(organizacionais, comunicativas)

expressão e comunicação com o seu grupo, superiores e hierárquicos ou subordinados, cooperação, trabalho em equipe, diálogo, exercício da negociação e de comunicação interpessoal.
(social)
utilizar todos os seus conhecimentos nas diversas situações encontradas no mundo do trabalho e transferir conhecimentos da vida cotidiana para o ambiente de trabalho e vice-versa. Comportamentais iniciativa, criatividade, vontade de aprender, abertura as mudanças, consciência da qualidade e das implicações éticas do seu trabalho, acarretando o envolvimento da subjetividade do individuo na organização do trabalho.
(políticas)
refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, na esfera pública, nas instituições da sociedade civil, constituindo-se como atores sociais dotados de interesses próprios que se tornam interlocutores legítimos e reconhecidos.

4 – ENTREVISTA: “GENERALISTA OU ESPECIALISTA?”

News: Qual a característica mais importante ao administrador - o profissional generalista, o especialista, o administrador de conflitos, o planejador? Ou todas em doses adequadas a cada desafio?
WS: É certo que prevalece, hoje, no mercado de trabalho, em substituição ao especialista, o perfil profissional do administrador.Generalista/polivalente, como um cidadão do mundo, com uma formação global e humanista, hábil negociador, preditivo em suas análises, planejador inconteste para fazer frente aos novos imperativos conceituais derivados do novo paradigma, que institui e norteia a nova cidade. Neste caso, o conceito de polivalência aproxima-se do conceito de generalista, em que o administrador não apenas domina diferentes técnicas, equipamentos e métodos, mas, acima de tudo, conhece a origem dessas técnicas, os princípios científicos e técnicos que embasam os processos produtivos, apreende as implicações do seu trabalho, seu conteúdo ético, compreendendo não só como fazer, mas o porquê fazer; ou seja, deve dominar o saber-pensar, o aprender-apreender para não ser objeto da modernidade, mas o seu sujeito criativo, marca fundamental do cidadão moderno, capaz de atuar com autonomia crítica e criativa e, principalmente, de ser ator de um projeto moderno e próprio de desenvolvimento.
A capacidade de questionamento crítico e criativo, que perfaz tanto o centro do conhecimento quanto uma das bases da cidadania, forja-se pela via do aprender­-apreender, do saber-pensar.

News: Qual é a grande escola para os administradores: a empresa familiar, a multinacional ou a empresa pública?

WS: Penso que a grande escola para os administradores, longe da definição pela escolha de uma das categorias acima, situa-se no continuum organizacional que possibilite mutuamente ao administrador e à empresa o alcance de níveis significativos e crescentes de desenvolvimento pessoal, profissional e institucional, seja no espaço da empresa familiar profissionalizada, da empresa pública produtiva, da empresa multinacional, ou de outra qualquer categoria de atividade econômica, em que as empresas de todos os portes incorporem nos seus negócios, entre outras orientações, as seguintes e principais:
  • a integração com a contemporaneidade do mundo implica maior desenvolvimento e apropriação da ciência e da tecnologia, enquanto principais instrumentos da dinâmica do sistema produtivo;
· a sobrevivência da organização depende de sua capacidade de adaptação ao ambiente externo e interno, portanto, o administrador deve ser o principal agente no processo de mudança da forma de pensar, agir e de decidir os rumos da organização;
· ter estruturas altamente flexíveis, ao contrário das empresas tradicionais, para enfrentar as turbulências e incertezas dos dias de hoje;
· a inovação permanente, como fator estratégico e diferencial competitivo para a sobrevivência da organização, ou seja, "approach" de verbas cada vez mais volumosas destinadas à criação de novos produtos, serviços, sistemas e processos em um movimento determinado rumo ao novo;
· a empresa operando cada vez mais em redes (networks);
· no mundo do pluralismo e da multiplicidade, deter e alimentar uma marca
· reconhecida e respeitada será uma estratégia cada vez mais perseguida;
· sólida cultura, com o alinhamento de valores e princípios, e a determinação de uma visão compartilhada será cada vez mais fator diferenciação competitiva das organizações;
· o indivíduo responsável pelo seu próprio sucesso Profissional e pelo planejamento de sua carreira, instrumentando-se para o destino e para o futuro;
· ambiente humano mais propício ao desenvolvimento e à recompensa forma mais justa de seu real valor;
· formação continua e permanente associada à empregabilidade;
valorização das potencialidades das pessoas.
A empresa que não trilhar este caminho estará praticando a tática mais rápida para o seu fracasso. Sabe-­se que a administração tradicional - aquela de organização jurássica e burocrática - vem
dedicando uma parcela de sua energia, tempo e recurso cada vez menor, ao verdadeiro valor das organizações: sua inteligência competitiva ou, usando uma expressão de cunho mais tecnológico, o seu ativo intangível.

News: As empresas no Brasil, nacionais ou multinacionais, passaram por grandes transformações nos últimos dez ou quinze anos. Como foi a atuação dos administradores nesse processo: decisiva ou perderam terreno para engenheiros e outros profissionais?

WS: Muitos cargos intermediários dessa categoria profissional foram eliminados nos últimos anos em conseqüência da redução dos níveis de administração, substituídos ­pela tecnologia, excluídos dos programas de mudança de "cima para baixo" e marginalizados pelas delegações de poder de "baixo para cima.
Todavia, a redução dos níveis hierárquicos, a delegação de responsabilidade e a reestruturação em torno de processos não eliminaram a necessidade da .administração e dos administradores. O número, a distribuição, os padrões e as carreiras Profissionais dos administradores podem ter mudado, mas os requisitos fundamentais da administração - controle, coordenação e direção - mantêm-se; a produção e distribuição de bens e/ou serviços necessitam da administração da aplicação de recursos essenciais.

5 O estilo do administrador dominante”

Miguel Zacarias Neto

Resumo - As certezas em administração empresarial estão caindo. Cada vez mais as organizações deverão requerer dos jovens executivos, além das aptidões de conhecimento técnico, atitudes interpessoais, domínio do quadro como um todo e habilidades para integrar todas as funções de uma empresa. O importante, o factual, hoje, na administração empresarial não é saber qual função deveria ser dominante. O ambiente contemporâneo exige que pessoas e processos combinem e alternem as funções de especialista com as de administração geral. Falamos do especialista genérico, aqueles e aquelas capazes de revigorarem uma empresa de visão e de atitudes estreitas. Este perfil demanda versatilidade e capacitação de enxergar e agir na administração geral assimilando com poder de discussão sintético, consistente, criativo e pro-ativo, as mais diversas áreas de influência de uma empresa, além de estar disponível à aproximação e à comunicação, encorajar e responder ao fluxo de idéias de baixo para cima e da adoção de flexibilidade de comportamento.

Introdução

Aprender de forma criativa é uma das formalidades de executivo deste e do próximo século, e as organizações que entenderem esta "máxima" e investirem em seus talentos, ou em seus recursos humanos, certamente terão em suas mãos a chave para o alongamento e ou sobrevivência de sua organização. Quando falamos em organização, entenda-se toda e qualquer empresa independentemente de tamanho e/ou ramo de atividade em que atua.
A administração, por um lado, exige experiências fundamentadas em conhecimentos sistemáticos, mas a necessidade específica de hoje é de conhecimentos amplamente difundidos. Os jovens executivos com especialização diferente, além de entenderem-se uns com os outros, requerem variedade de conhecimento para que a aplicação de sua especialidade seja eficaz dentro de um conjunto maior de realizações.
Seria o marceneiro que é pedreiro e eletricista, um pouco catimbeiro, amigo e faceiro que convive em harmonia, integrado aos demais parceiros construindo algo com habilidade, flexibilidade; conforme o que lhe parece tecnicamente bem pelos seus conhecimentos específicos e técnicos, em consonância com o mestre-de-obras e engenheiro, mas com a perspectiva, visão e necessidade do usuário daquela construção. Indaga-se, então, é um especialista, um generalista ou um generalista especialista ou um outro modelo?
As origens destas mudanças estão intimamente ligadas às novas formas de gestão do conhecimento e da atitude dos executivos na empresa moderna e influenciada por processos altamente dinâmicos da transnacionalização da informação ou mais comumente conhecida como "efeito globalização ou internética".
Nunca foram e serão tão grandes os desafios aos administradores de empresas, que hoje, passam por processos e procedimentos descontínuos em resposta às alterações muito velozes no contexto da competição globalizada.
As estruturas e culturas verticais - centralizadoras, onipotentes, introvertidas - tendem fortemente a converterem-se em modelos horizontais (equipes) e em times (foco em mercado). A reengenharia dos processos passa por cima das funções remodelando a organização prevalecendo a gestão.

6 – PROBLEMAS BRASILEIROS EM DEBATE: ENTREVISTAS

No curso oferecido pela Faculdade de Ciências e letras (FCL) da UNESP, campus de Araraquara, os alunos de Administração Pública discutem, em disciplinas optativas, como Economia Brasileira, Planejamento e Administração de Empresas Públicas, diversas facetas dos problemas brasileiros.
A partir do terceiro ano, o aluno cumpre 240 horas de estágio supervisionado. Esse estágio pode ser feito tanto no município de Araraquara como em cidades próximas, como Ribeirão Preto, Rio Claro ou São Carlos. Prefeituras e órgãos estaduais e federais instalados nesses municípios costumam oferecer um razoável número de vagas. Durante esse período, o estudante deve elaborar projetos que serão avaliados pelos professores.
O Centro Acadêmico de Administração Pública da FCL organiza, anualmente, a "Semana de Administração Pública", na qual são discutidas as principais tendências da área. Também são realizadas visitas técnicas periódicas a Brasília como formar talentos consultor diz que conhecimento das características individuais ajuda a criar times vencedores.
Por Lázaro Evair de Souza.
O administrador de empresas Jorge Matos, um carioca de 40 anos, conhece bem os meandros da alma humana. Afinal, já analisou o perfil de cerca de 20 mil pessoas. Baseado num sistema de estudo da personalidade, criado na década de 1920 pelo norte-americano William Marston, o especialista aperfeiçoou um programa denominado Desenvolvendo a Competitividade Pessoal. Composto de 24 questões, o método é bastante útil em testes vocacionais de estudantes e principalmente para formação e capacitação de equipes em empresas.
O teste se aplica a todo tipo e porte de empreendimento, pois a matéria-­prima de análise é o ser humano, fator que independe do tamanho da organização', comenta.
Toda a base teórica e parte das técnicas de aplicação do método foram condensadas no livro Talento para a Vida, escrito por Matos em parceria com a psicóloga Vânia Portela, sua sócia na empresa Human learning Consultores Associados. Nesta entrevista a PEGN, ele fala também sobre as características dos empreendedores de sucesso.

Baseado em sua experiência em análise de perfis, qual a característica básica de uma pessoa empreendedora?

MATOS: É o tipo de personalidade que apresenta necessidade inexorável de realizar coisas. É o sujeito que nunca está satisfeito, nunca fica parado, busca constantemente novas tarefas. Ele precisa estar fazendo algo novo ou ter uma idéia nova todos os dias. Para conseguir seus objetivos procura pessoas e, como possui grande poder de persuasão, lhe é fácil convencê-­Ias e motivá-Ias para segui-Io na sua empreitada.

Quais talentos são indispensáveis para um indivíduo abrir e tocar, com sucesso, um negócio? 

MATOS: Agressividade, espírito desbravador, ambição, gosto pelo poder e pela autoridade, habilidade para fazer várias coisas ao mesmo tempo e um sentimento de nunca querer ficar à mercê de outros. Além desses talentos, o candidato a empreendedor normalmente deve ser persuasivo, de fácil relacionamento com pessoas, trabalhar bem as questões de insegurança, ter facilidade em construir redes de relacionamentos, ser um generalista e se preocupar pouco com normas e detalhes. Em suma: é um sujeito que tem a visão da floresta. Ah! Tem também de ser um pouco 'cara-de-pau'.
Como assim, 'cara-de-pau'? MATOS: É isso mesmo. Sem uma boa dose de cara-de-pau não se vende nada. De pouco vale você ter um excelente produto se, ao bater na primeira porta para vender e receber um não na cara, você desistir. Tem gente que se deprime com as adversidades. O verdadeiro empreendedor sabe que o obstáculo, a porta na cara, faz parte do processo de venda e não se angustia com isso. Vai para a próxima porta. Parte para o próximo não.

Ele tem então de se acostumar com os nãos? 

MATOS: Não. Ele precisa é estar consciente, e o empreendedor de verdade está, de que o fracasso é apenas uma das etapas do processo de venda. Se ele conhece bem o negócio em que atua e sabe que para vender seu produto são necessárias, por exemplo, 20 tentativas, não há motivos para se desesperar na décima quinta. Ele não pode sofrer ou se angustiar com algo que tecnicamente já está previsto.

Então alguém que se angustia diante das adversidades jamais deve montar um empreendimento? 

MATOS: Não necessariamente. Ele pode muito bem se juntar a um sócio ou contratar alguém que o complemente, alguém com características diferentes das suas. Se o indivíduo é um especialista, pode faltar-lhe alguém que tenha suficiente motivação e até uma certa irresponsabilidade para colocar aquele produto no mercado. A recíproca também é verdadeira: um empreendedor corre o risco de perder tudo por não ter ao seu lado um parceiro capaz de lhe dar suporte técnico, analítico e administrativo para consolidar seu projeto.

A palavra de ordem nesse caso é encontrar o seu avesso? 

MATOS: Exatamente. É preciso buscar o inverso dele para se completar. Encontrada tal pessoa, ele necessita também achar alguém parecido com ele para alavancar mais fortemente seu negócio. Mas, antes de fazer tudo isso, o indivíduo precisa ter a certeza de que se conhece em profundidade.

Conhecendo melhor os talentos próprios e dos outros fica mais fácil formar equipes? 

MATOS: Acreditamos ser essa tarefa a base de tudo numa organização. Só que isso não é fácil. Existem hoje diversas ferramentas que ajudam em tal empreitada. Uma delas é o programa Desenvolvendo a Competitividade Pessoal, aperfeiçoado por nós com base no experimento em cerca de 20 mil pessoas. Ele permite não só conhecer cada indivíduo como também definir o time ideal para tocar um determinado projeto, identifica entre as pessoas de uma empresa quais as que se encaixam melhor na tarefa a ser realizada pela equipe, aponta quem tem perfil bom para liderar, antecipa quais demandas os liderados farão ao líder e até informa como será a relação entre eles. Quando se conhece bem as pessoas, elas rendem mais e os negócios melhoram.

E tal método se aplica a uma pequena empresa? 

MATOS: Ele se encaixa em todo tipo de estrutura, pois a matéria-prima básica de análise é gente. E gente, com seus problemas e perfis, é igual, quer esteja numa microempresa ou num grande grupo. Como ele funciona? O princípio básico é aumentar a competência do empresário na tarefa de escolher e capacitar pessoas. Com a ajuda de um programa de computador, o método levanta o talento primordial dos indivíduos. A partir daí, o empreendedor pode saber, com exatidão, o que cada um faz melhor. De posse de tal informação é possível a ele aperfeiçoar o que seus funcionários têm de melhor, formar times que trabalharão de maneira mais harmônica, alinhar cargos de acordo com as personalidades, de maneira que o funcionário produza mais e melhor, ou até contratar um sócio para a empresa.

É possível também aperfeiçoar aptidões no empreendedor ou nos seus funcionários? 

MATOS: Na medida em que se conhece em profundidade as principais características do indivíduo e se reconhece as lacunas existentes entre ela e o contexto em que atuam, fica muito mais fácil fazer correções. Se você sabe onde estão seus pontos fortes e fracos, assim como os da sua equipe, fica fácil identificar, nos seus empregados, fatores positivos e negativos, e desenvolver ações no sentido de corrigir tais lacunas por meio de treinamento, de forma a reduzir ou até eliminar as deficiências. É possível também fazer combinações de pessoas, de maneira a forjar equipes nas quais as deficiências individuais sejam compensadas pelas virtudes do grupo.
Na prática, como é a aplicação desses conceitos sobre aptidões das pessoas?

MATOS: É comum, nas empresas, notar que algumas pessoas não rendem bem numa determinada função e quando, por motivo aleatório, mudam para outra, se descobrem. O que o método faz é sistematizar tais trocas e descobertas a partir das análises dos perfis. Dessa forma, podemos tirar gente de atividades técnicas internas para executar funções de vendas ou vice-versa. Com isso, ganham os dois lados: o empreendedor, que conseguirá tirar o máximo dos seus funcionários; e estes, por atuarem exatamente nas áreas em que possuem as melhores aptidões, conseguirão melhorias salariais e maior estímulo na execução das tarefas.

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA EM TI

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Conceitos básicos de Administração de TI


Organizações:

São unidades sociais, intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. Uma organização nunca constitui uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e sujeito a mudanças.
Dentre as organizações existem aquelas moldadas explicitamente para atingir objetivos de lucro, como meio de se auto-sustentarem pelo excedente de resultados financeiros e de proporcionarem retorno de investimentos ou de capital, como também existem organizações que não incluem obrigatoriamente o lucro como um de seus objetivos.
Organizações abertas – corporações modernas que precisam considerar todos os ambientes para seu progresso.
Organizações fechadas – corporações antigas, onde o ambiente externo era pouco considerado.

Projetos:

São empreendimentos temporários com o objetivo de criar um produto ou serviço.
Os projetos são desenvolvidos em todos os níveis da organização, podendo envolver 1 única pessoa ou milhares , necessitarem de dezenas de horas até milhões de horas de trabalho.

Operações:

São as tarefas de produção de mercadorias ou fornecimento de serviços, sendo uma das três funções principais dentro de uma empresa: Finanças, Marketing e Operações.

Dimensões:

São as subdivisões da burocracia interna da organização, se constituindo em sete, sejam elas: Formalização (todas as atividades da organização são definidas por escrito), Divisão do trabalho (cada participante tem um cargo ou posição definidos), Principio da hierarquia (a burocracia se assenta em hierarquia bem definida de autoridade), Impessoalidade (o funcionário ideal desempenha com impessoalidade no relacionamento com outros ocupantes de cargos), Competência técnica (a seleção dos participantes é baseada na competência técnica dos candidatos), Separação entre propriedade e administração (os recursos utilizados pela organização para execução de suas tarefas não são propriedade dos burocratas) e Profissionalização do funcionário (seus cargos constituem a sua principal atividade dentro da organização)

Exemplos:

IBM, Itautec, Microsoft, VW, Nestlé, Wrangler etc

Programas:

Ou programações, constituem planos operacionais relacionados com o tempo. Consistem basicamente em planos que correlacionam duas variáveis: tempo e atividades que devem ser executadas.
A programação simples ou complexa – constitui uma ferramenta importante de planejamento no nível operacional das empresas.



O que é Administração:

É o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz.
Em sua origem, a palavra Administração significa a função que se desenvolve sob o comando de outro, um serviço que se presta a outro.
Ad > direção para, tendência, minister > comparativo de inferioridade, ter > subordinação ou obediência
A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transforma-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos.

O que é administração estratégica:

É um processo continuo e iterativo que visa manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado a seu ambiente.
Decomposta em etapas:
1. Analise de ambiente.
2. Estabelecimento da diretriz organizacional.
3. Formulação de uma estratégia organizacional
4. Implementação da estratégia organizacional
5. Controle estratégico.


O que é administração de TI
Quais as diferenças entre Adm de TI e ADM
Qual a importância da Adm. de TI
Quando surgiu a necessidade de Adm em TI
O que envolve a Adm. de TI
Relação Adm TI e Negócios da Empresa.


Pode-se descrever a informação como uma mensagem de comunicação audível ou visível, em geral apresentada sob a forma de documento, que envolve um emitente e um receptor e cuja finalidade é mudar o modo como o destinatário vê algo ou exercer algum impacto sobre seu julgamento e comportamento. Diferente dos dados, a informação tem significado e se organiza tendo em vista algum fim (DAVENPORT e PRUSAK, 1998).
A evolução da importância da informação nas organizações ocorreu da seguinte forma: na década de 50, considerava-se a informação um requisito burocrático necessário, que contribuía para reduzir o custo do processamento de muitos papéis; nos anos 60 e 70, via-se a informação como um suporte aos propósitos gerais da empresa, que auxiliava no gerenciamento de diversas atividades; a partir das décadas de 70 e 80, passou-se a compreender a informação como um fator de controle e gerenciamento de toda a organização, que ajudava e acelerava os processos de tomada de decisão, e, da década de 90 até os dias atuais, passou-se a reconhecer a informação como um recurso estratégico, uma fonte de vantagem competitiva para garantir a sobrevivência da empresa (LAUDON e LAUDON, 1996).
Para assegurar a permanência e os lucros, as organizações resolveram adotar uma estratégia inovadora, apoiada com firmeza na informação, então compreendida como um capital estratégico, que possibilitava às empresas conhecerem seu próprio ambiente, mercados, consumidores e competidores (PAPA FILHO e VANALLE, 2002).
Sofisticando-se os mercados, tornou-se necessário aperfeiçoar as áreas de informação das empresas, agregando-se estratégias para obter sucesso. A mensagem estratégica que uma economia fundamentada na informação transmite é tão visível, que a informação passou a ser a base para a competição, capaz de acionar as alternativas tecnológicas para o seu gerenciamento (McGEE e PRUSAK, 1994).
Acredita-se que nenhuma empresa pode escapar aos efeitos da revolução causada pela informação. Os gestores cada vez mais gastam recursos com a tecnologia da informação e se envolvem na sua gestão (PORTER e MILLAR, 1985). A empresa deve ter consciência de que a informação é um requisito tão importante quanto os recursos humanos, pois é dela que depende o sucesso ou o fracasso das decisões tomadas por seus responsáveis e também por todos os seus colaboradores. A informação é, por conseguinte, um elemento primordial nas organizações, que torna possível estabelecer as condições necessárias para atingir seus objetivos e aumentar sua competitividade (FREIRE, 2000; SANTOS, 2001).
O que determinará a excelência de uma empresa será o fato de ser capaz de coletar, organizar, analisar e implementar mudanças a partir de informações, integrando-as no processo de melhoria contínua de suas atividades (REZENDE, 2001).
A informação é fundamental no apoio às estratégias e aos processos de tomada de decisão, porque, conforme afirma Beuren (2000), possibilita um maior controle das operações empresariais.
Pode-se considerar a gestão como um conjunto de processos que englobam atividades de planejamento, organização, direção, distribuição e controle de recursos de qualquer natureza, visando à racionalização e à efetividade de determinado sistema, produto ou serviço (MARCHIORI, 2002). Sob esta perspectiva, a gestão da informação deve incluir, em dimensões estratégicas e operacionais, mecanismos para obter e utilizar recursos humanos, tecnológicos, financeiros, materiais e físicos para o gerenciamento da própria informação, que então deve ser disponibilizada como insumo útil e estratégico para indivíduos, grupos e organizações (PONJUÁN DANTE1 apud MARCHIORI, 2002).
Gestão estratégica da informação, portanto, significa o uso da informação com fins estratégicos para obter vantagem competitiva (LESCA e ALMEIDA, 1994).
A tecnologia da informação alterou o mundo dos negócios de forma irreversível.
Desde que foi introduzida sistematicamente, em meados da década de 50, houve uma mudança radical no modo de operar das organizações (MCGEE e PRUSAK, 1994).
A tecnologia da informação abrange uma gama de produtos de hardware e software capazes de coletar, armazenar, processar e acessar números e imagens, que são usados para controlar equipamentos e processos de trabalho e conectar pessoas, funções e escritórios dentro das empresas e entre elas (WALTON, 1993). A tecnologia da informação corresponde a objetos (hardware) e veículos (software) destinados a criarsistemas de informações que, por sua vez, resultam da implementação da TI através do uso de computadores e da telecomunicação (BALARINE, 2002).
A tecnologia da informação é considerada relevante para as organizações, pois: proporciona a inovação de muitos produtos e serviços e viabilizado o surgimento de importantes capacidades dentro das organizações como, por exemplo: entrega on-line de informação; acesso eletrônico a serviços; habilidade de solicitar e obter serviços específicos; pagamento e apresentação eletrônica de contas e habilidade de utilizar vários produtos de software, sem que seja preciso realimentar os dados (ALBERTIN, 2000); trata-se de uma das maiores e mais poderosas influências no planejamento das organizações, podendo inclusive colaborar com a estratégia competitiva das empresas por oferecer vantagens competitivas; diferenciar produtos e serviços; melhorar o relacionamento com clientes; facilitar a entrada em alguns mercados; possibilitar o estabelecimento de barreiras de entrada, auxiliar a introdução de produtos substitutos e permitir novas estratégias competitivas com o uso de sua própria tecnologia (ALBERTIN, 2001);
# É responsável pelo armazenamento de dados provenientes do ambiente externo. A ferramenta mestra para esta função é o banco de dados - repositório central de todas as informações pertinentes ao relacionamento de uma empresa com seus clientes e/ou fornecedores (NEWEL, 2000).
Para implantar com êxito uma tecnologia de informação, as empresas precisam levar em conta algumas condições básicas, como: integrá-la a outras ferramentas de gestão, considerando que adotá-la é apenas uma variável de decisão estratégica, e ter consciência de que os benefícios realmente significativos virão a médio e longo prazo (SILVA e FISCHMANN, 2002).
Walton (1993) esclarece que, para facilitar a implementação da tecnologia da informação na empresa, é necessário criar uma visão estratégica, isto é, uma visão que, no contexto estratégico, seja não só capaz de alinhar as estratégias de negócios, de organização e de tecnologia da informação, mas também de abranger a estratégia competitiva e os modelos organizacionais que poderão direcionar o sistema de tecnologia da informação ou ser direcionados por ele. Para o autor, a tecnologia da informação abrange três ângulos que formam o denominado triângulo estratégico.
É necessário utilizar a tecnologia da informação sob o enfoque da eficácia de seu emprego, comparando e analisando os resultados de sua aplicação no negócio das organizações, os impactos de seu uso na operação e estrutura das empresas.
           # Necessidade de uma clara visão estratégica tanto do negócio quanto da TI, ou seja, necessidade de que se considere a TI um meio para obtenção de vantagens competitivas no negócio, um meio voltado ao mercado e ao usuário de TI;

# Manutenção da vantagem competitiva por mais tempo, com base na gestão da TI e no alinhamento estratégico com o negócio;

# Consideração de aspectos técnicos e operacionais, para que se atualizem as evoluções em TI e haja uma integração entre as estratégias e sua estrutura;

           # Busca da eficácia, não somente da eficiência, por medir os resultados relativamente aos objetivos e às metas da organização;

# Importância de um bom relacionamento entre os executivos de TI e dos negócios;

# Avaliação da TI a partir de critérios variados, abrangendo aspectos técnicos, organizacionais e estratégicos;

# Gestão e avaliação dinâmicas da TI, com acompanhamento contínuo e flexível, a fim de que se possam promover mudanças e atualizações externas.
Na atual economia de informação, a concorrência entre as empresas baseia-se em sua capacidade de adquirir, tratar, interpretar e utilizar a informação de forma eficaz (McGEE e PRUSAK, 1994). A tecnologia da informação, que apoia todos estes processos, pode ser um fator importante no aperfeiçoa mento do uso da informação estratégica presente no ambiente, informação esta capaz de criar grande valor e manter as organizações unificadas.

Conclusão:

Pode-se constatar que a TI apresenta-se como suporte à gestão da informação na empresa a partir dos seguintes aspectos:

# disponibiliza informações para a tomada de decisões e gerenciamento estratégico do negócio;

# possibilita a automatização de tarefas rotineiras; auxilia o controle interno das operações;

# aumenta a capacidade de reconhecer antecipadamente os problemas;

Pode ser utilizada como ferramenta estratégica no processo de planejamento, direção e controle.
Apesar do aumento do número de pequenas organizações que utilizam a TI no gerenciamento de seus negócios, percebe-se que poucas conseguem efetivar o potencial que esta ferramenta proporciona em relação à vantagem competitiva, pois o seu uso está voltado às tarefas operacionais e rotineiras e não a atividades do processo estratégico.
Desta forma, faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas que abordem a utilização da TI como uma ferramenta estratégica nas empresas de pequeno porte, que pode auxiliar o dirigente das pequenas empresas a elaborar, implementar e controlar estratégias, a monitorar o ambiente e tomar decisões, proporcionando assim uma possível vantagem competitiva a este segmento de empresas.
De modo mais específico, é de suma importância que as tecnologias da informação implementadas nas pequenas empresas considerem suas especificidades, com o intuito de suplantar barreiras e entraves inerentes a este ambiente, como: limitações financeiras, dificuldades em usar tecnologias complexas, resistência dos funcionários, que temem serem substituídos pela tecnologia, dúvidas referentes às principais vantagens que a TI pode proporcionar e até mesmo a falta de percepção de sua real necessidade para o processo gerencial nestas organizações.